Teimosia

Marison Ranieri
Oct 11, 2024

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O gato desperta em meio à penumbra. O porta-retrato se inclina em reverência, enquanto a lua, refletida em uma garrafa de uísque vazia, acaricia seu pelo. Um bilhete o saúda com um farfalho. Envolvido pelo tédio, ele retorna ao sono, sob a frieza de um lustre que há dias não o reconhece.

Este texto foi semifinalista no 4º Prêmio MicroConto de Ouro, da Casa Brasileira de Livros

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